28 de dez. de 2010

Como os vírus surgiram?

   Teriam os vírus evoluídos de células vivas livres? Seriam eles produtos da evolução de alguma bactéria? Poderiam ser estes, componentes de células hospedeiras que se tornaram autônomos? Eles lembram genes que tenham adquirido a capacidade de existir independentemente da célula. Embora a virologia exista como ciência apenas há cerca de 100 anos, os vírus provavelmente têm estado presente nos organismos vivos desde a origem da vida. Se os vírus precederam ou surgiram somente após os organismos unicelulares, é uma questão controversa. Contudo, com base nas contínuas descobertas de vírus infectando diferentes espécies, pode-se concluir que, praticamente, todas as espécies deste planeta são infectadas por vírus. Os estudos têm sido limitados aos vírus isolados no presente ou de material de poucas décadas atrás. Infelizmente não existem fósseis dos vírus.

No caminho da vida

  Em 1961 o bioquímico espanhol Juan Oró repetiu a experiência de Miller acrescentando ácido cianídrico à mistura básica e obteve, além do consabido, alguns peptídeos e purinas, entre as quais havia a adenina, um componente essencial dos ácidos nucleicos.
  Em 1962 Oró empregou também formaldeído como uma das matérias primas e obteve nada menos que ribossoma e desoxirribossoma, da mesma forma, integrantes dos ácidos nucleicos. Por sua parte em 1963 Ponnamperuma obteve um "dinocleótido", isto é, duas cadeias juntas; e em 1963, dois anos antes, havia conseguido sintetizar tritosfato de adenosina, composto essencial para os mecanismos de intercâmbio de energia nos tecidos vivos.

As primeiras estruturas biológicas

  Se supõe que a vida teve que ser originada no oceano.
No entanto, ao princípio, a atmosfera não continha todavia o oxigênio tão indispensável atualmente para a vida: estava formada por anidrido carbônico, nitrogênio, vapor de água, amoníaco e gases sulfúreos.
Puderam desenvolver-se, em tais condições, estruturas biológicas não dependentes do oxigênio, como as atuais? Cuidado com negar talhantemente tal possibilidade. Teoricamente, tal eventualidade é possível, e ninguém nos pode assegurar que em qualquer planeta dos bilhões e bilhões existentes não exista precisamente vida em formas biológicas completamente diversas das nossas.
  De todos os modos, voltando a essa atmosfera primitiva, um fato já o temos por certo, pois foi conseguido reproduzí-lo em laboratório, como em seguida veremos: as nuvens da atmosfera sem oxigênio eram carregadas de eletricidade, igualmente ao que sucede com as nuvens atuais, e eram produzidas tormentas apocalípticas, com violentíssimas descargas elétricas. Pois bem, supõe-se que estas descargas, em união com as radiações solares e as reações químicas em ato nas quentes águas oceanicas, produziram as primeiras complexas moléculas biogeradoras.

A composição dos seres vivos

  Analisado, um ser vivente é água, sais minerais e uma série de compostos orgânicos. Estes últimos, por sua vez, constam de quatro tipos de átomos: carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio. Em medida menor, existe também compostos orgânicos que contém átomos de enxofre, fósforo, ferro magnésio, cálcio, etc. No entanto, o conjunto dos compostos dos quatro elementos principais compreendem 99% de toda a matéria vivente, sobretudo tendo em conta que o hidrogênio e o oxigênio são os elementos fatoriais da água.
   Analisando todavia mais, encontramos que os compostos orgânicos dos seres vivos podem ser divididos em quatro grupos: gorduras, hidra-tos de carbono, proteínas e ácidos nucleicos. As gorduras são os compostos mais simples, os hidratos de carbono são os açúcares; mais complicadas e organizadas são as proteínas e os ácidos nucleicos, porém sobretudo os últimos.