28 de fev. de 2011

Conceito de espécie.

   Segundo Lineu, as espécies eram seres semelhantes a determinados “tipos” ideais, imutáveis como padrão de comparação da evolução e muitas discussões  sobre os critérios mais adequados para proceder as classificações, o conceito de espécie mudou bastante, mas simplificando, podemos dizer que espécies são populações de indivíduos muito semelhantes quanto a aspectos morfológicos, genéticos, bioquímicos etc. e que apresentam compatibilidade sexual, ou seja, são capazes de cruzamento em condições naturais, dando descendência  fértil. 
   Normalmente, seres de espécies diferentes não trocam genes, ou seja, não se reproduzem. Às vezes pode ocorrer espécies claramente distintas, como cavalo e jumento, se cruzem. No entanto, seus descendentes, as mulas, não são férteis, sendo chamados híbridos estéreis.
   Essa definição de espécie é satisfatória; apesar disso, é fácil perceber que nem sempre o critério de compatibilidade sexual pode ser usado. No caso de fósseis ou de certos micro-organismos que se reproduzem sexualmente, por exemplo, essa regra não pode ser aplicada. 

A sistemática molecular

   De Lineu até hoje, os recursos dos sistematas para a escolha de novos critérios de classificação das espécies evoluíram bastante. Alguns desses recursos são as novas técnicas de microscopia ópitca, a microscopia eletrônica, a análise bioquímica e, especialmente, a decifração das sequências dos nucleotídeos (DNA) que constituem os genes; neste, foi importante o papel dos computadores, que processam milhões de proteínas, o chamado proteoma, de uma determinada espécie.
   Nessa nova área de pesquisa (genoma-proteoma), surgiu a possibilidade de comparar a sequência de nucleotídeos e, portanto, dos aminoácidos das proteínas especialmente das enzimas, que ocorrem em diferentes espécies. Muitas dessas moléculas são iguais em diferentes organismos, indicando que em algum ponto remoto ou recente, de suas evoluções, eles tiveram ancestrais comuns.
    Hoje a tendência é a sistemática molecular, baseada no estudo comparativo das moléculas (DNA, RENA e proteínas) presentes nos mais diferentes organismos.